terça-feira, 31 de março de 2009

Sem rima, nem métrica, nem paciência

Uma prosa em versos sobre os anjos, não nós, que não amam

Talvez seja inocência esperar pleno amor.
Talvez anjos apenas amem, anjos do céu,
na pureza dos corações livres de desejo,
amem,
e no tédio da eterna contemplação,
amem.
Que paradoxo seria se esses anjos amassem
pois amor sem dor, sem prova, sem cor
Seria amor?
Se são prontos para amar, não amam.
E já que vão tão distantes, estes anjos,
meus olhos não tocam, minh’alma não os sente,
deleguemos a nós imperfeitos a ilusão do amor pleno.
E que se ame, não muito.
E que se ame, não pouco.
Apenas nos amemos.
Tentemos.



Supõe-se que doa, supõe-se que machuque? Ou é apenas mais um capricho do ego humano, lutando por um lugar de status e de sofrimento, meramente acima da irrelevância?
Deve doer? E se não doer, devo sofrer?
E se não sofrer, o que deve ser?

Pessimism is back. Nietzsche não gostaria nada, nada de mim. É a hora avançada, só pode ser. Achei que as coisas estavam mais ou menos equilibradas, vá lá.

domingo, 29 de março de 2009

Apresentar-se, sorrir, woo.

Amor, eu chorei.
No seu sentido lato
ou no meu sentido estrito?

Amor à dor, relutei,
pois nas duras penas do fato
de que sangue hei-me embebido?


Como são os anjos famintos por atenção, pseudo-altruístas doentes, afetivamente dependentes, loucos, loucos varridos, falemos dos anjos.
Que anjos?
Strictu senso, strictu, estrito.